Os Pioneiros de SMPQ

José Arnaldo Batista e Ivani das Chagas Batista

José Arnaldo Batista veio para Passa Quatro no ano de 1948, como balconista da loja de tecidos de Moisés Roriz. Trabalhou o tempo suficiente para logo montar o seu próprio comércio.
Casou-se com Ivani das Chagas, a companheira inseparável que lhe deu 16 filhos, a saber: 01) Deni, casada com Geraldo Gregório, pais de Fernando (casado com Cristiane), Ângelo (casado com Nelma), e Fernanda (casada com Gildenor); 02) Lucy, mãe de Carlos Júnior (casado com Cristiane); 03) Lucivaldo, casado com Vânia, pais de Ana Flávia (casada com Render); 04) Marli, casada com José Meireles, pais de Janekely (casada com Ruber), Karla e Mariel; 05) Denivaldo, casado com Sônia, pais de Cíntia (casada com Jorge) e Eduardo; 06) Clari, casada com Joãozinho, pais de Camila, Antônio Neto (casado com Norma) e Pedro Henrique; 07) Clarivaldo, casado com Claudete, pais de José Arnaldo Neto (casado com Lorena) e Luciana (casada com Jairo); 08) Pelájio, casado com Tânia, pais de Tâmes Batista e Tiago; 09)Marlivaldo, casado com Alessandra, pais de Bruna Diane e Marliene; 10) José Ronaldo, casado com Divina, pais de Daniele e Michele; 11)Derli, casada com Cires, pais de Paulo Henrique e Bárbara; 12)Derlivaldo, casado com Elizângela, pais de Vítor e Cecília; 13) Marta, mãe de Laíssa e Gabriela; 14) Kênia, casada com Júnior, pais de Letícia e Laura; 15) Lília, casada com Marlos, pais de Marlos Filho e Felipe; 16) Kenivaldo, pai de Kenedy e Guilherme.
José Arnaldo e Ivani passaram a ser os responsáveis pela educação dos jovens do lugarejo. Durante vinte e cinco anos tomaram conta da única escola, ensinando de maneira incansável e com competência, desde o bê-á-bá até o quarto ano primário.
Tive o prazer de ser seu aluno. E mais tarde, seu colega de magistério, na mesma escola. E são inúmeras as pessoas das gerações de 1950 a 1970 que foram iniciadas na escola pelo prof. José Arnaldo e pela profª Ivani.
Não é tarefa fácil analisar o legado deixado por Zé Arnaldo à história de São Miguel do Passa Quatro. No campo da educação e da cultura, sem sombra de dúvida foi ele o principal responsável pela instrução e pelo encaminhamento de várias e várias gerações. Mesmo que o propósito fosse o de tão somente prepará-las para a vida, acabou ele solidificando a base intelectual e cultural da população para emancipar o lugar e dirigir com competência os destinos do novo município.
Na verdade, uma coisa parece clara: se a emancipação de São Miguel do Passa Quatro foi precoce, como muitos apregoavam na época, devido à falta de estrutura física, o povo, no entanto, encontrava-se preparado para o grande feito. Tanto é que o progresso se fez com uma rapidez assustadora, destacando-se no cenário estadual já no correr da administração pioneira. E o professor José Arnaldo é protagonista nessa história, porque foi ele quem deu o básico para a formação de toda essa gente.
No aspecto religioso, da mesma forma, era ele o responsável pela capela, pela reza do terço nos finais de semana e pelas novenas nas ocasiões de festa. O padre quase não ia ao Povoado, mas, mesmo assim, com José Arnaldo à frente das celebrações, a população era, na época, na sua quase totalidade católica, apostólica, romana.(Programa Bate-Papo em Família do dia 21-10-2015)
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Érico Josué Meireles

Érico Josué Meireles, mais conhecido por LICO, era casado com Berenície Fernandes, filha de Joaquim Fernandes de Oliveira e Esmélia.
Lico era o farmacêutico da povoação e adjacências. Aliás, ele desempenhava as funções de farmacêutico e de médico. Como não havia médico na região, nem transporte automotor para que fosse possível adquirir remédios com mais frequência e transportar doentes para outros centros mais adiantados, Lico era chamado para atender consultas, medicar pacientes e, na maioria das vezes, fabricar o remédio por meio de fórmulas que os laboratórios lhe prescreviam.
As doenças mais frequentes eram sarampo, crupe, coqueluche, febre de garganta, gripe, dor de barriga etc. ele diagnosticava e curava. O que lhe parecia impossível, ele encaminhava para procurar melhor recurso em outra localidade.
Na política, Lico foi Vereador. Lembro-me de que a sua plataforma de campanha naquele tempo foram: saúde, estrada e esporte. Inclusive, nos tempos áureos do futebol passaquatrense, início da década de sessenta, Lico tornou-se técnico do time que ganhava de Cristianópolis, de Piracanjuba, da Charqueada de Vianópolis, do Rio do Peixe e outros. Enquanto Vereador foi o responsável pela arborização do antigo Largo da Igreja, hoje Praça Sebastião Gonçalves da Silva.(Programa Bate-Papo em Família do dia 02-09-2015) 

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HORÁCIO CECÍLIO CECILIANO
Horacio Cecílio Ceciliano nasceu no ano de 1902, na Vila de São José do Duro, no Nordeste do Estado de Goiás, que a partir de 1938 passou a se chamar Dianópolis, na condição de município emancipado no norte de Goiás (naquela época) e, a partir de 1989, passou a pertencer ao novo Estado do Tocantins.
Otacília Maria de Jesus, mais conhecida por Totó, é baiana do município de Cocos, cidade antiga que fica no Oeste Baiano, distante 700 km de Brasília e 900 km de Salvador. Devido à proximidade de ambas as cidades, São José do Duro e Cocos não foi difícil para que o jovem Horácio conhecesse a jovem Otacília. O enlace aconteceu no começo da década de 1920, quando ela passou a se chamar Otacília Maria Ceciliano.
O Pai de Horácio, Anselmo Cecílio Ceciliano, era grande proprietário rural. Com seu falecimento (próximo de 1925) e em razão da truculência dos índios nativos e tapuias, Horácio, já com a esposa, e seus irmãos partiram em retirada em busca de um lugar melhor pra viver. Alguns foram para Taguatinga, hoje Tocantins, outros foram para o Arraial do Couro, hoje Formosa. Horácio e Totó vieram para a fazenda Tavarina, Município de Silvânia, às margens do Rio dos Bois. Morou em Vianópolis, onde nasceu a maioria de seus filhos.
Depois foram para o Patrimônio de São Miguel, no início de sua criação. Antes, Horácio já havia participado da construção de algumas casas no vilarejo, quando recebeu uma data (lote urbano) como recompensa. Isto o fez iniciar a edificação de sua casa. Antes disso, residiram na velha casa que mais tarde veio pertencer a Antonio André da Silva.
No início, Horácio foi pedreiro e carpinteiro, atividades em que trabalhou por bom tempo construindo casas. Era proprietário de uma invejável coleção de ferramentas braçais de carpintaria e de pedreiro.
Na sua nova casa construiu também um cômodo comercial, onde iniciou a exploração do comércio de gêneros alimentícios e bebidas em geral, mais conhecido como “Venda do Horácio”, e foi nessa casa que Horácio e Totó criaram seus filhos. Viveram de maneira simples, porém honesta, até o ano de 1976, quando ele faleceu aos 74 anos de idade, deixando um grande círculo de amizade.
Tiveram os filhos: 1) Euridina Cecílio Ceciliano (Dina), que se casou com Pedro Costa, de quem se separou e depois se casou com José Carolina Fernandes (filhos: Elenilda, Joanilda, Maria Carolina, Volney e Volneir); 2)Luíza Cecílio Ceciliano; 3) Melície Cecílio Ceciliano, que se casou com Ataíde Fagundes (filhas: Eunice, Helenice e Lionice); 4) Jair Cecílio Ceciliano, que se casou com Maria de Lourdes (Márcio Cecílio, casado com Fabiana; Natal(falecido); Maria das Graças, casada com Edmilson); 5) Geraldina Cecílio Ceciliano, que se casou com José Roque da Silva (filhos: Valéria, casada com Joaquim Vieira; Carélia, casada com Ivo Gomes; José Afonso, casado com Normilda; Wesley, casado com Luzia; Joaquim, casado com Maria Aparecida); 6)Boanerges Cecílio Ceciliano, que se casou com Ana Maria Gonçalves (filhos: Wagner, casado com Aparecida Pires; Lindomar. Casado com Rúbia; e Denise, casada com Massimiliano Bernascone); e Rui Cecílio Ceciliano, que se casou com Vilma Martins Ferreira (filhos: Klender, casado com Valéria; Glases, casada com Nelcely(falecido); Cleuma, que era casada com Rodrigo.
Foi no então Patrimônio de São Miguel que Horácio e Totó encaminharam os filhos. A maioria iniciou os estudos com os professores Adonias Lemes do Prado e Jaci Viana. Mais tarde, o neto Márcio Cecílio Ceciliano chegou a prefeito de São Miguel do Passa Quatro.(Programa Bate-Papo em Família do dia 12-08-2015)
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ADONIAS LEMES DO PRADO
Foi Adonias Lemes do Prado quem fundou a primeira escola em São Miguel do Passa Quatro e foi também o primeiro professor, nos anos de 1945 a 1951. Sua residência era na própria escola e o seu esforço para ensinar as pessoas era sincero e admirado por todos. Nasceu em 15 de novembro de 1925, em Silvânia-GO, filho de João do Prado e Dolores Mercês Campos. Foi aluno do Ginásio Anchieta, de Silvânia, onde concluiu o curso ginasial.
De São Miguel do Passa Quatro, Adonias voltou para Silvânia, chamado para exercer as funções de Inspetor Escolar e Tesoureiro da Prefeitura. Em 1957 foi Exator Estadual e em 1959 assumiu o cargo de Prefeito Municipal, mandato que exerceu até 1961. É sua a frase: “Nada é impossível aos homens, quando o ideal é maior do que as divergências”, proferida na solenidade de inauguração da sede da AFFEGO, entidade da qual era presidente.
Em reconhecimento ao seu trabalho pioneiro no setor da Educação, tão logo ocorreu a instalação do município a Câmara Municipal solicitou à Assembléia Legislativa a mudança do nome da escola local, através de lei, dando à Escola Estadual de 1º Grau Graciano José da Silva o novo nome de Colégio Estadual Adonias Lemes do Prado, no que foi prontamente atendida. (Programa Bate-Papo em Família do dia 05-08-2015)
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ADELINO PIRES BASÍLIO
            Adelino Pires Basílio, mais conhecido por Belino, nasceu em 19 de maio de 1923, na Fazenda Água Vermelha. Casou-se com Genuína Ribeiro Fernandes em 20 de janeiro de 1953. Tiveram 13 filhos: Sebastião Pires Basílio, Pedro Pires Basílio, João Bosco Pires, Donizete Pires Basílio, Maria Aparecida Pires, Luzia Maria Pires, Antônio Pires Basílio, Domingos Sávio Pires Basílio, Ana Maria Pires, Inácio da Paixão Pires, Maria das Dores Pires Basílio, Lúcia Pires da Luz e Ângela dos Passos Pires.
            Sebastião é casado com Dolira Basílio de Freitas e tem o filho Renan Pires de Freitas; Pedro casou-se com Elizabeth Maria da Silva e tem os filhos: Helder Pires Basílio e Juliana Pires Basílio; João Bosco constituiu família com Divina Aparecida Batista e tem os filhos: Júlio César Batista Pires e Marcos Paulo Batista Pires;            Donizete casou-se com Rosa Maria Pires Basílio e tem os filhos: Wanessa Pires Basílio e Danilo Pires Basílio; Maria Aparecida casou-se com Geraldo Aparecido de Lima  e tem os filhos: Lidiane de Fátima Pires de Lima e Narah Lígia Pires de Lima; Luzia é casada com Sebastião Odair de Lima com quem teve o filho Gustavo Pires de Lima, além da filha Alanna Flávia Pires de Carvalho, do primeiro casamento; Antônio casou-se com Edna Maria Aleluia e tem os filhos: Celanna Edna Basílio e Túlio Aleluia Basílio; Domingos casou-se com Denise de Fátima Batista e tem os filhos: Sávio Batista Basílio e Sabrina Batista Basílio; Ana casou-se com Elves de Pádua Fagundes com quem teve a filha Eduarda Basílio Fagundes; Inácio casou-se com Fabiana Pereira de Souza e tem a filha: Lara Souza Pires; Maria das Dores casou-se com João Odair Batista e tem as filhas: Júlia e Beatriz; Lúcia é casada com Mauro Brasileiro e tem os filhos: Gabriel e Gabriela; e Ângela, que é divorciada e não tem filho.
            Belino e Genuína sempre residiram na Fazenda Água Vermelha. Eram muito pobres. Trabalharam e conseguiram comprar uma taperinha, na beira do Ribeirão Água Vermelha. Depois passaram para uma casa um pouco mais confortável, a atual casa velha, onde passaram quase a vida toda. Mais adiante construíram prédio novo, para regozijo da melhor idade, onde residiram até o falecimento de Beli, que ocorreu no dia 27 de janeiro de 2014.
             Apesar da pobreza, nenhum deles reclamava dasorte. Eram felizes e isso bastava. Belino tocava roça nolugar chamado Cavalo Morto. Terra boa, mato virgem, que tombava ante o golpe firme e forte do destemido lavrador. Não havia necessidade de adubo. O cultivo da lavoura era feito mediante o golpe ritmado da enxada. Ferramenta amolada, cabo de guatambu e peão treinado para puxar a sem-graça de sol a sol. Era assim que eletratava da família. O dia inteiro nessa labuta. E Genuína cuidava da lida da casa, do terreiro e das crianças. Depois de preparar o jantar e encaminhar os meninos para a cama, Genuína ia para o pilão socar o arroz, que era para adiantar e facilitar o expediente do dia seguinte.
Na maior parte do tempo, Genuína permanecia em casa com a filharada. Via-se sozinha para educar tanta criança. E sabia que à noite, quando Belino chegasse, o relatório dos acontecimentos do dia lhe seria cobrado. Ela tinha medo do marido, que era muito bravo. E fazia questão de ser-lhe obediente, ao mesmo tempo em que o amava de verdade. Por causa disso, ela educava os meninos da maneira que lhe era determina: na taca. E se não batesse na hora da arte, Belino ficava furioso, achando que os filhos não estavam sendo bem educados. E isso ela não desejava que acontecesse.
A educação escolar dos filhos teve início lá mesmo na Água Vermelha, na Escola Reunida Santa Luzia, onde cursaram o 4º ano primário e o curso de admissão. Disciplina rígida. Castigos severos. Mestres rigorosos. Para sair do pré-escolar o professor João Garcia exigia que o aluno aprendesse a ler o alfabeto de trás para frente. Fazia-o sob ameaças constantes de punição. Já a professora Maria Dias era menos rigorosa.
A experiência estudantil foi muito marcante na vida dos filhos. Pedro formou-se em Administração de Empresa, João Bosco em História, Luzia em Enfermagem, Antonio em Educação Física, Maria das Dores em Geografia. Os outros interromperam os estudos e optaram por outras atividades do campo do trabalho. Quase todos residem e trabalham em São Miguel do Passa Quatro.(Programa Bate-Papo em Família do dia 29-07-2015)
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DELCE RIBEIRO FAGUNDES.
Delce Ribeiro Fagundes, batizada em casa com o nome de Jovelina, posteriormente batizada na Igreja como Idelce e mais tarde registrada no Cartório como Delce por ocasião de seu casamento, é, no entanto, conhecida por Derci. É filha de Vitalino Ribeiro de Aleluia e Maria Pinto da Silva
            Pertence a uma família numerosa de 16 filhos. É a filha mais velha de seu pai, a caçula de sua mãe e a única de pai e mãe. Explicando direito... No primeiro casamento, com Joaquim Alves de Assis, sua mãe teve os filhos: Antônio Alves (Junico), Diva, Dilha, Adjunio (Naguito) e Jovita, que se casou com João Calixto de Carvalho; no segundo casamento, com Vitalino Ribeiro de Aleluia, veio Delce Ribeiro Fagundes; e no segundo casamento de seu pai, com Maria Rogéria, vieram os filhos Sebastião, Deverê, Violeta, Norma, Geraldo, Júlia, Vânia, Vitalina, Léo e Neusa.
            Delce casou-se com Wilde Mariano Machado. Ele, filho de Honorato Mariano Machado e Maria Ribeiro do prado. Com ele teve os filhos: Celi Mariano Machado, casado com Nelita (filhos: Celi Júnior e Viviane); Valdeci Mariano Machado (Perigoso), casado com Maria Belarmina (filhos: Marcos e Marcelo); Jovaci Mariano Machado (falecido), que era casado com Maria de Fátima (filhos: Wilde Neto e João Lucas); Mauzi Aparecida Machado (filhos: Kaire, Kele e Kássio); Euzi Maria Machado, solteira; Neuzi de Fátima Machado (filhos: Hernane e Rafael).
            Após a viuvez, Delce contraiu novo casamento com Valtercílio Francisco Fagundes. Teve com ele os filhos: Edenir José Fagundes, casado com Elizate (filhos: Milena e Artur); Emerson Antonio Fagundes, casado com Maria José (filhos: Laisa, Kaíque e Kaio). De todos os filhos, apenas Celi não reside atualmente em São Miguel do Passa Quatro. Mais tarde se separou.
            Delce viu-se viúva aos 29 anos de idade, com os filhos pequenos para cuidar, para dar sustento e educação. Para isso ela trabalhava intensamente em serviços pesados, como desleitamento das vacas e administração do sítio, além das atividades domésticas e da atenção aos filhos.
            Depois que vendeu o sítio, mudou-se para a cidade de Vianópolis. Lá trabalhou como costureira, lavadora de roupa, merendeira no Colégio Estadual Armindo Gomes. Desempenhou ainda serviços gerais em Supermercado, Hotéis, Padaria e Posto de Gasolina. Foi ainda proprietária de boteco. E foi a custas de seu trabalho honesto que conseguiu dar estudo aos filhos. Só não deu continuidade aos estudos quem não quis. Há alguns anos retornou a São Miguel do Passa Quatro e sobrevive de seu restaurante de comidas caseiras, denominado Comida da Vovó.
            Logo após a sua viuvez, veio a onda da eletrificação do Patrimônio de São Miguel, promovida por José Caixeta (Caixetão), quando teve a oportunidade de doar várias aroeiras de seu sítio, para se transformarem em postes de luz na implantação da energia elétrica da Povoação.(Programa Bate-Papo em Família do dia 22-07-2015) 
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ANTÔNIO ANDRÉ DA SILVA E MARIA ISABEL VIEIRA.
Antônio André e Maria Isabel nasceram na fazenda Buriti da Água Vermelha, à época Município de Silvânia. Casaram-se e vieram para o povoado de São Miguel do Passa Quatro, em janeiro de 1958.
Ele desenvolvia as atividades de lavrador, ocupando-se de roças de milho, plantação de arroz e feijão, algodão e café, bem como criação de gado de leite; ela cuidava das lides domésticas, incluindo-se os serviços gerais de fiandeira, desmanche de mandioca para produzir o polvilho e a farinha, e outros tantos serviços que compõem o universo da jornada da mulher rural.
O casal teve os filhos: Maria da Silva Vieira, João da Silva Vieira, Enésio José da Silva e Eni Maria de Carvalho. Todos nasceram na Fazenda Buriti, próximo à sede do município, com exceção de Eni, que nasceu na cidade. Todos cresceram e receberam formação escolar no povoado. Hoje são pessoas influentes na vida do município.
A filha Maria da Silva casou-se com Elísio Tobias da Silva, com quem teve os filhos: Sirleide, Marileide, Weisber, André e Pedro Henrique; João da Silva (Dico) é casado com Francisca Vitorino da Silva Vieira e tiveram os filhos Kerlens André da Silva Vieira, Kélcio da Silva Vieira e Kleison da Silva Vieira; Enésio casou-se com Eleusa Magalhães da Silva e teve com ela os filhos Cleiton e Cleone; Eni é casada com José Ricardo de Aleluia com quem teve os filhos: Renata Priscila e Ricardo.
Antônio André sempre residiu na praça principal, que hoje tem o nome de Praça Sebastião Gonçalves da Silva. Mesmo tendo transferido residência para a cidade, ia e voltava para a Fazenda Buriti, onde trabalhava na sua propriedade. Saía cedo para cuidar da lida ora a cavalo ora de bicicleta e às vezes a pé, só regressando para casa pouco antes do anoitecer. De bom humor, sempre tinha uma novidade para contar. Faleceu no dia 9 de novembro de 1997. Tinha boa visão de futuro e profetizava que haveria de chegar o tempo em que a pessoa honesta seria tratada como idiota.
Antônio André participou ativamente da campanha para a eletrificação da cidade. Inclusive fez doação de vários postes de aroeira para a execução do projeto. Homem justo, simples e honesto, exibia sempre um sorriso nos lábios e era muito educado. Soube dar bons exemplos e manter as tradições da família e do povo do lugar.  
Maria Isabel após a viuvez continuou morando sozinha na mesma casa. Sua criatividade artesanal era consideravelmente evoluída. Não teve o privilégio de estudar e com 84 anos de idade pintava panos de prato e bordava toalhas de mesa, ao mesmo tempo em que confeccionava flores de papel. Veio a falecer na data de 19 de abril de 2009.
O filho João da Silva Vieira foi oficial militar, iniciando carreira com 19 anos de idade e chegando à patente de 2º Tenente (Tenente Vieira). Teve participação ativa na transição do regime militar de 1964 para a democracia. Aposentou-se depois de ter prestado 30 anos de bons serviços à corporação militar do Estado de Goiás.(Programa Bate-Papo em Família do dia 15-07-2015)
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JOSÉ CALIXTO DE CARVALHO E IZÍDIA PIRES DE CARVALHO
José Calixto de Carvalho, conhecido por Zequinha Calixto, nasceu em 21 de dezembro de 1918, no Município de Silvânia (região do Passa Quatro), filho de Calixto Joaquim de Carvalho e Maria Joana Crispim.
Seu primeiro casamento foi com Francelina Vieira de Carvalho, com quem teve duas filhas: Divina Vieira de Carvalho e Maria Francelina de Carvalho. Divina Vieira de Carvalho casou-se com Urias Joaquim de Aleluia e tiveram os filhos: Maria das Dores de Aleluia, que foi casada com Paulo Barbosa, com quem teve os filhos Carlos Alberto (falecido), Luiz Alberto e Cássia Cristina; José Vieira de Aleluia, casado com Rosilane, com quem teve os filhos José Júnior, Gabriela e Pedro; Dimaís Aparecida de Aleluia, casada com Janivon, com quem teve os filhos Bruno e Bianca; Edimar José de Aleluia, casado com Silverly, com quem teve as filhas Daniela e Letícia. A outra filha, Maria Francelina de Carvalho (Quica), casou-se com Florípio José Elias (Fefé) e tiveram os filhos: Solange Maria Elias, que foi casada com Inácio Cotrim, com quem teve as filhas Janete e Ana Cláudia; Ubsair José Elias, que foi casado com Neide, com quem teve os filhos Luiz Paulo e Divina Maria; Hermes José Elias, casado com Maria dos Anjos, com quem teve os filhos Lucas, João Marcos e João Lucas; Angelita Aparecida Elias Oliveira, casada com Antonio Oliveira, com quem teve os filhos Danilo e Laís; e Fernando José Elias, casado com Luciete, com quem teve as filhas Sophia e Fernanda.
Zequinha contraiu segundo casamento com Izídia Pires dos Santos, filha de Benedito Pires Basílio e Jerônima Benedita Lemes, em 31 de julho de 1944. Tiveram os seguintes filhos: Alcides José de Carvalho(falecido); Inácia José da Silva, casada com Manoel Tobias da Silva, com quem teve a filha Kênia Tobias da Silva, casada com José Anivaldo da Costa, pais de Adriene e Mayara; Antônio José de Carvalho (falecido), que era casado com Divina das Graças de Carvalho, com quem teve os filhos Agnaldo de Carvalho, casado com Normilene; Adeguimar Vieira de Carvalho, que se casou primeiramente com Vagna e teve a filha Djanna Steffany, depois, com Helena, com quem teve os filhos Maria Luíza e Antônio Neto; Viviane Vieira de Carvalho, casada com Rogério Garcia Barbosa, com quem teve os filhos João Pedro e Ana Clara; e Aparecida Pires de Oliveira, casada com Elson Gonçalves de Oliveira, com quem teve os filhos Vassil José de Oliveira, casado com Patrícia, pais de Pablo Henrique, Lucas e Gabriel; Waber Joaquim de Oliveira, casado com Elba, pais de Daniela, Beatriz e Waber Júnior; Vanusa de Oliveira, casada com Sandoval, pais de Wagner Neto e Mariana; e Walder Emanuel Gonçalves, falecido.
Zequinha e Izídia criaram ainda, como seus filhos, Maria Aparecida de Carvalho, casada com Jocelino; e Sebastião José de Carvalho, casado com Ana Luísa de Carvalho, pais de Afonso, Alcides, Maria Abadia, Lourdes, Luzia, Diva e Ana.
            Ele era fazendeiro e comerciante de gado. Pessoa de uma roda enorme de amigos. Muito bem-quisto por todos quantos passavam a conhecê-lo e a fazer parte de seu círculo de relacionamento. Ela era a parteira de todas as mulheres da povoação e moradoras circunvizinhas. Prosseguiu no ofício por muitos anos consecutivos, sem nunca ter cobrado um centavo pelos seus préstimos.
Zequinha e Izídia eram pessoas do bem, muito trabalhadoras. Inclusive, a casa da fazenda sempre era repleta de peões trabalhando diariamente, numa média diária de oito a dez serviçais. Ela era a responsável pela comida, pelas roupas lavadas, remendadas e passadas de todos eles, e pelo bom andamento da casa, em geral. Posteriormente, mudaram-se para o então Patrimônio de São Miguel, sem prejuízo das atividades econômicas que continuavam em ritmo de prosperidade.
Zequinha faleceu em 12 de março de 1977. Fazia tempo que reclamava de uma dor aguda no peito, que não lhe dava trégua. Veio o diagnóstico: câncer pulmonar. A família acompanhou tudo de perto, permanecendo na cabeceira de sua cama e sofrendo com ele as terríveis manifestações da doença sem cura. Izídia também veio a falecer no dia 5 de março de 2007.(Programa Bate-papo em família do dia 08-07-2015)
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NATALINA E FAMÍLIA
Natália Gonçalves Fernandes, mais conhecida por Natalina. Natalina nasceu no dia 01 de outubro de 1931 no Município de Bela Vista de Goiás, próximo à divisa com o município que veio a se chamar São Miguel do Passa Quatro. Era filha de Manoel Zacarias Gonçalves (Bilico) e Filomena Joaquina de Jesus, ambos falecidos. Casou-se com Joaquim Luiz Fernandes no ano de 1951, com quem conviveu pouco mais de 20 anos, até a separação. Ele faleceu em 20 de maio de 2003.
Natalina é mãe dos seguintes filhos: Antonio Luiz Fernandes, Donizete Luiz Fernandes, Ondina Aparecida Fernandes, Maria das Graças Fernandes, Londina Filomena Fernandes, Manoel Romualdo Fernandes (falecido), José Domingos Fernandes (falecido) e Creolúcia de Fátima Fernandes (Lucinha).
Bilico, pai de Natalina, era carreiro. Amansava bois de carro mediante encomenda e transportava em seu carro de bois mercadorias diversas, como arroz, milho, feijão, porcos, mudanças e tudo mais que aparecia. Muita gente ainda se lembra de vê-lo logo de manhã, cangando os seus bois no meio da rua da povoação, em frente à sua casa. Isto lá pela década de 1950.
 Os avós de Natalina, Manoel Cândido e Josefa vieram para Goiás no início do século XX, procedentes de Patrocínio, Minas Gerais. Naquele tempo corria a notícia de que Goiás estava em franco desenvolvimento, um lugar de muito futuro, que oferecia grandes oportunidades a quem se dispusesse a trabalhar e ganhar a vida.
Diante dessa fama, Manoel Cândido e Josefa juntamente com outro casal amigo venderam suas terras e transferiram residência para cá. O amigo veio à frente e trouxe o dinheiro para comprar aqui os terrenos. Dinheiro esse que os avós de Natalina nunca mais viram, pois não havia documento passado. Naquele tempo tudo se fazia na base da confiança, dando como garantia apenas o fio da barba.
Manoel Cândido colocou a família e a mudança em dois carros de bois e pegou a estrada. Foram 22 dias de viagem desde Patrocínio até a região de São Miguel do Passa Quatro.
Natalina sempre ganhou a vida prestando serviços braçais a quem se interessasse a contratá-la. Com muita disposição enfrentava os trabalhos duros de ralar mandioca e lavar roupa, apanhar café, abanar arroz ou feijão, fabricar polvilho ou farinha. Podia ser para as pessoas da povoação ou mesmo para fazendeiros da redondeza. Inúmeras vezes, saía de madrugada a pé e andava até duas léguas todos os dias para desenvolver o seu trabalho em fazendas das imediações.
E foi assim que Natalina criou os seus filhos. E aos 84 anos de idade se diz uma pessoa feliz, apesar da dor de ter perdido dois filhos, Manoel e José. Esclarece que guarda boas recordações de sua vida passada. Fez grandes amizades e teve muito mais alegria do que tristeza.
(Programa Bate-Papo em família do dia 01-07-2015)
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Florípio José Elias

Florípio José Elias (Fefé) nasceu em 20 de julho de 1937. Casou-se com Maria Francelina de Carvalho, nascida em 24 de agosto de 1942. Ambos nasceram na região do Buriti, à época município de Silvânia, e sempre residiram em São Miguel do Passa Quatro.
Tiveram os filhos Solange Maria Elias, que foi casada com Inácio Cotrim, com quem teve as filhas Janete e Ana Cláudia; Ubsair José Elias, que foi casado com Neide, com quem teve os filhos Luiz Paulo e Divina Maria; Hermes José Elias, casado com Maria dos Anjos, com quem teve os filhos Lucas, João Marcos e João Lucas; Angelita Aparecida Elias Oliveira, casada com Antonio Oliveira, com quem teve os filhos Danilo e Laís; e Fernando José Elias, casado com Luciete, com quem teve as filhas Sophia e Fernanda. Todos residem em São Miguel do Passa Quatro.
Fefé foi Vereador no período de 1977 a 1982 e Vice-prefeito entre os anos de 1983 e 1988, representando o povo de São Miguel do Passa Quatro na Câmara e na Prefeitura de Silvânia, respectivamente. O seu mandato terminou em 31 de dezembro de 1988. E o novo município foi instalado no dia seguinte, em 1º de janeiro de 1989, por ocasião da posse dos primeiros mandatários: prefeito, vice-prefeito e vereadores. A emancipação ocorreu por ato do Governo do Estado, publicado em 9 de janeiro de 1988. 
Florípio era político atuante e de grande prestígio, preocupado com o povo e com o progresso da povoação. Sua força eleitoral era reconhecida em toda a região, posto que os votos que levou do seu colégio eleitoral foram decisivos para eleger o Prefeito de Silvânia, chapa da qual fazia parte como candidato a Vice-prefeito. Sem isso, com certeza eles não teriam sido eleitos.
Como político, Fefé prestou relevantes serviços à comunidade, preocupado especialmente com a educação. Na sua gestão como representante de seu povo, batalhou e conseguiu o transporte escolar desde a povoação até Cristianópolis, para que os jovens pudessem dar continuidade aos seus estudos, cursando o 2º grau. Isso deu base para que ele próprio, logo depois, com a influência do cargo de Vice-prefeito, conseguisse implantar na pequena cidade o curso de 2º grau, tão sonhado pelos moradores.
A questão do transporte escolar tem relevância histórica, uma vez que os alunos que concluíram o 2º grau em Cristianópolis, no final do ano de 1988, foram aproveitados na administração pioneira que se iniciou no ano seguinte.
Fefé conseguiu ainda com o Prefeito de Silvânia o calçamento da Praça da Igreja, hoje Praça Sebastião Gonçalves da Silva, o que foi considerado um feito de grande repercussão, na época.
A emancipação de São Miguel do Passa Quatro foi, sem dúvida, o seu principal trabalho. Se de um lado o Deputado João Natal comprou a ideia, apresentou o projeto na Assembleia Legislativa e o defendeu até a sua aprovação, de outro lado, nas bases foi Fefé quem promoveu o convencimento dos habitantes e ajudou a promover a colheita das assinaturas necessárias para a sustentação legal do processo emancipatório.
Por tudo isso, Florípio José Elias e o Deputado João Natal são merecedores do título e das honrarias de emancipadores de São Miguel do Passa Quatro.(Programa Bate-Papo em família do dia 14-06-2015)
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ARGEMIRO MARTINS FERREIRA
            Argemiro Martins Ferreira exercia a profissão de dentista. Era natural de Buriti Alegre, Goiás. Nas suas andanças pelo interior dos municípios, onde prestava serviços de dentista ambulante de fazenda em fazenda, conheceu Maria Leopoldina, que morava na cidade vizinha de Aloândia, e com ela se casou.
            O casal teve duas filhas: Vilma Martins Ferreira, que se casou com Rui Cecílio Ceciliano; e Vilmair Martins Ferreira, que teve seu primeiro casamento com João Batista de Carvalho, e o segundo com Silvio Pereira de Castro.
Com o falecimento da esposa, Argemiro casou-se com Ercília Fernandes e vieram para São Miguel do Passa Quatro no ano de 1966. E tiveram os filhos: Telma Martins Ferreira, Selma Martins Ferreira e Argemiro Martins Ferreira.
Argemiro sempre participou ativamente da vida social e política de São Miguel do Passa Quatro. Exerceu a profissão de dentista durante quase toda a vida, enquanto pôde. Dizia-se comunista, embora o comunismo fosse proibido no Brasil.
Esteve presente em praticamente todos os acontecimentos que culminaram com a emancipação. Trocava ideias, argumentava, defendia os seus pontos de vista, tudo no sentido de promover o convencimento da população, mormente por ocasião do plebiscito que decidiu pela emancipação político-administrativa de São Miguel do Passa Quatro.
Fazia questão de manifestar o seu sentimento de amor e gratidão pela terra que o acolheu e à sua família. Fez grandes amizades e era respeitado por toda a população. E aqui terminou os seus dias, despedindo-se no dia 8 de outubro de 2014, com 90 anos de idade, deixando saudosos os parentes e um número grandioso de amigos.
Argemiro residiu em SMPQ durante 34 anos. Aqui criou sua família, prestou relevantes serviços à comunidade, viu a cidade se desabrochar e crescer e foi parte integrante da sua caminhada rumo ao progresso. A homenagem, portanto, ao saudoso Argemiro e à dona Ercília e aos seus filhos e netos(Programa Bate-Papo em Família do dia 10-06-2015)
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HOMENAGEM: FAMÍLIA DE ALCIDES PEREIRA DE CASTRO
ALCIDES PEREIRA DE CASTRO nasceu no dia 19 de agosto de 1915, em Santa Cruz de Goiás. Veio para SMPQ no ano de 1940. Aqui se casou com OTACÍLIA MARIA DE CASTRO, em 1941. No mesmo ano, mudou-se para Vianópolis, regressando dois anos depois, em 1943, aqui residindo a vida toda. A morte dele foi em 1965 e a dela poucos anos depois.
Alcides e Otacília tiveram 9 filhos: Terezinha Pereira de Castro, que se casou com Domingos Vieira Machado; Silvio Pereira de Castro, que se casou com Neusa Aparecida Xavier e com ela teve 3 filhos, depois se casou com Vilmair Martins Ferreira com quem está há 18 anos consecutivos; Anísia Pereira de Castro;Maria de Lourdes Pereira de Castro, que se casou com Pedro Pereira de Castro, com quem teve 4 filhos; Hélio Pereira de CastroVilma Aparecida Pereira de Castro;Solon Pereira de CastroJanete Maria Pereira de CastroElvécio Pereira de Castro.
ALCIDES foi vereador por dois mandatos, representando SMPQ na Câmara Municipal de Silvânia nos períodos de 1954/1958 e 1962/1965. Era um político muito bem relacionado em todas as camadas sociais, inclusive chamado constantemente para resolver questões pessoais e familiares. Foi um grande conselheiro e político exemplar.
Foi o primeiro a levantar a bandeira da emancipação de SMPQ. Tais ideias já eram acalentadas por algumas pessoas do lugar, mas ganharam impulso maior na voz desse vereador ilustre, que hoje empresta seu nome a uma das principais avenidas da cidade.
Como vereador, criou os limites do futuro município, os quais, mais tarde, foram aproveitados para o projeto de emancipação. Apresentou também projeto de elevação do então povoado a distrito, não tendo, infelizmente, logrado êxito, pois devido às suas ideias emancipadoras, alguns políticos da sede do município já começavam a torcer o nariz e a combater qualquer iniciativa embrionária nesse sentido.
Porém seu esforço não foi em vão. Pouco tempo depois de sua morte o povoado de São Miguel do Passa Quatro foi elevado a Distrito de Silvânia, por força da Lei Estadual nº 7.175, de 5 de novembro de 1968.
Outro feito que lhe é creditado é a construção do prédio do grupo escolar, tão importante para aquela época, que recebeu a denominação de Escola Isolada Graciano José da Silva, constituído de apenas um pavilhão, onde, mais tarde, abrigou provisoriamente a sede da Prefeitura e da Câmara Municipal, nos primeiros dois anos da administração municipal pioneira (1989 e 1990). Hoje esse prédio abriga o Colégio Estadual Adonias Lemes do prado.(Programa Bate-Papo em Família do dia 03-06-2015) 
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BRAULINO DIAS E GERCINA CAMILO DIAS

Hoje vamos destacar mais uma dessas famílias, das inúmeras que tiveram e têm papel relevante para a história do município. 
Trata-se da família de BROLINO E GERCINA...
BRAULINO DIAS E GERCINA CAMILO DIAS vieram para São Miguel do Passa Quatro no início da década de 1970. Primeiro veio o filho Edinho; um ano depois vieram os pais.
Braulino e Gercina são pais de Aídio Dias (Tite), Edson Dias (Edinho), Adenir José Dias (Nica), Edenir José Dias (Viola), Iracy Clenes Albernaz e Monique Reginaldo Ribeiro.
Tite é casado com Helena Maria Dias e é comerciante nesta cidade; Edinho constituiu família com Neusa Fernandes de Oliveira e residem nesta cidade há muitos anos; Nica faleceu há bastante tempo, era casado com Geralda Abrantes Dias e moravam nesta cidade; Viola é casado com Maria de Fátima Pereira Dias (Fau) e residem nesta cidade há muito tempo; Iracy casou-se com Mark Osório Jacinto Albernaz, militar aposentado e advogado, estando ambos aposentados e residindo nesta cidade; Monique é solteira e é a única que mora fora, mas está sempre presente nos acontecimentos desta cidade.
Braulino ganhou a vida e criou sua família com os rendimentos da atividade do comércio, nesta cidade. Gostava do que fazia e mostrava habilidade invejável para o ofício. Seu estabelecimento comercial (boteco, venda, comércio de secos e molhados) era bastante frequentado pela população. Não importava o ponto, isto é, onde estava localizado o seu pequeno comércio, o povo deixava os outros estabelecimentos e ia comprar do Braulino. Era ele a peça mais importante e mais apresentável. Muito educado, sabia cativar a freguesia.
Os políticos da família foram Edinho, vereador no período de 1º de janeiro de 1989 a 31 de dezembro de 1993, por ocasião da primeira administração do município. E Cícero Emerson Dias, filho de Viola e Fau, que é vereador atualmente pela terceira vez, ocupando a Presidência da Câmara Municipal.  
Tite é sanfoneiro por vocação. Hoje está aposentado. Desde criança faz a alegria de todos com sua bela e encantadora sanfona. Chegou a ser artista profissional, integrando um trio que fez bastante sucesso no passado, o Trio Aliança, de Anápolis, composto por Doquinho, Remansinho e Gonsalino. Gonsalino era o seu nome artístico.(Programa Bate-Papo Do dia 27-05-2015)
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HOMENAGEM A GRACIANO JOSÉ DA SILVA
No quadro das homenagens, o programa “Bate-papo em família”, que vai ao ar às quartas-feiras pela Rádio São Miguel FM, no horário das 9,00h às 11,00 h, abre um espaço para homenagear uma pessoa ou uma família, ou mesmo algum fato de relevância para a história de SMPQ.
Verdade que foram tantas as pessoas que contribuíram e outras tantas que contribuem para o progresso desta cidade, desde os longínquos tempos da formação da povoação até a atualidade.
Hoje vamos destacar mais uma dessas pessoas, das inúmeras que tiveram e têm papel importante para a história do município.  
Trata-se de GRACIANO JOSÉ DA SILVA, que foi comerciante e professor particular na Fazenda Passa Quatro desde o ano de 1911 até 1940, quando se transferiu para Vianópolis, onde veio a falecer. Participou ativamente do desenvolvimento da região com o transporte de mercadorias em geral, buscadas no início da Estrada de Ferro Goiás, no lugar denominado Roncador.
Emprestou seu nome à única escola da povoação, que deixou de chamar-se “Escola Isolada da Fazenda Passa Quatro”, para receber, inicialmente, a denominação de “Grupo Escolar Graciano José da Silva”, e posteriormente o nome de “Escola Estadual de 1º Grau Graciano José da Silva”.
Após a emancipação, várias mudanças ocorreram na formação do novo município, na tentativa de encontrar-se a real identificação dos característicos locais. E uma delas foi de iniciativa da Câmara Municipal, retirando da escola local o seu nome para emprestá-lo a uma das principais avenidas da cidade, a Av. Perimetral, que por lei municipal passou a denominar-se Av. Graciano José da Silva.(Programa Bate-Papo em Família do dia 20-05-2015)                                                                                                                ==============================================================================================================================================


GUILHERME VELOSO PEREIRA foi fazendeiro na região, tendo como seu principal feito os serviços de agrimensura e topografia do Patrimônio de São Miguel, dando às terras doadas à Diocese de Goiás o traçado de ruas, praça e localização do cemitério e da capela de São Miguel.
O Pe. Pedro Pinto Ferreira, vigário da Paróquia de N. S. do Bonfim, por ocasião da inauguração oficial do Patrimônio, em 29 de setembro de 1939, nomeou a comissão encarregada de construir a Igreja de São Miguel que foi encabeçada por Guilherme Veloso. A seu respeito o Padre Vigário anotou a seguinte observação: “Ajudou-me muito nessa iniciativa, o Sr. Guilherme Veloso Pereira, fazendeiro do lugar; proficiente engenheiro agrônomo, traçou ele o plano urbanístico de S. Miguel. Nesse dia da inauguração já se via o traçado das ruas, contando-se ao todo umas vinte casas.”
Sobre ele escreveu seu amigo ilustre, Sêneca Lobo:
“Faleceu relativamente moço, acometido, como já disse, dessa chaga maligna, que ataca, há muitos anos, o homem do campo, sujeito pelas condições de vida, às picadas dos ‘barbeiros’, que têm seu habitat preferencial nos casebres e ranchos de pau-a-pique muito comuns naqueles tempos, nas fazendas. Quando Guilherme descobriu a doença de que era portador, sofreu tremendo choque, pois tinha perfeito conhecimento da gravidade do mal e, por outro lado, amava a vida que, naquela altura, já lhe sorria, fagueira e tranquila, graças aos ganhos acumulados pelos trabalhos realizados.” (Programa Bate-Papo em Família do dia 06-05-2015)                                                                                                                          ======================================================================= =======================================================================


O FUTEBOL EM SMPQ NAS DÉCADAS DE 1950 E 1960
O futebol em São Miguel do Passa Quatro era muito respeitado em toda a região. O time local jogava constantemente contra os times de Cristianópolis, Rio do Peixe, Batã (Egerineu Teixeira), Vianópolis, Charqueada de Vianópolis e até Piracanjuba. Dificilmente perdia uma só partida, principalmente dentro de seu território.
A Esquadra Passaquatrense, que teve como seu principal técnico o Lico (farmacêutico), por muitos anos, ficou com uma formação definida. Veja abaixo sua escalação, colocando-se às vezes dois em cada posição, porque um preenchia o lugar do outro que deixava o time por motivos diversos, a saber:
Quíper (Goleiro): Evaristo, Tião Santa Bárbara, Silvio Pereira de Castro e Zezico Pereira
Alfo direito (Lateral-direito): Ditim Chaga e Antônio Bino                  
Alfo esquerdo (Lateral-esquerdo): Jair Cecílio, Pedro Borges
Beque central (Zagueiro central): José Paixão, Ludovico de Almeida           
Beque esquerdo (Zagueiro esquerdo): Delcides, Domingos Vieira
Center-alfo (Médio-volante): Chico Vieira, Evaristo
Meia-direita: João do Italco, Dorival Vieira
Centroavante: Vadim Fernandes
Meia-esquerda: Zezico Pereira, Nilson do Carrim
Ponta-direita: Daniel Marçal, Itagiba
Ponta esquerda: Zé Pontes, Tião do Creoulo.
(Programa Bate-Papo em Família do Dia 13-05-2015)

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